domingo, 3 de julho de 2011

Saída da Crise 1929

A recuperação das economias capitalistas deu-se em ritmos diferentes. Até então as crises do capitalismo tinham sido resolvidas com a conquista de novos mercados em regiões distantes. Entretanto com o mundo dividido e com a criação de novos países isso também se tornava perigoso, ou seja, as chances de conflito eram grandes. Assim a solução teria de vir de uma reorganização económica interna de cada pais. Assim a recuperação americana é um bom exemplo de como isso se deu. Com algumas diferença as medidas adoptadas nesse país foram as mais utilizadas noutras acções capitalistas. A crise de 1929 teve efeitos devastadores sobre a sociedade americana. Quinze milhões de americanos desempregados, fabricas fechadas, agriculturas com as sus propriedades tomadas pelos bancos, greves e revoltas agitando o país. Ao fim ao cabo a América estava á beira de uma revolução social. O povo culpava o presidente pela crise. Assim nas eleições de 1932 os americanos votaram no candidato da oposição o representante do partido democrata Franklin Roosewelt. Ele prometeu fazer a economia voltar a crescer. O seu programa ficou na historia como New Deal. Esse programa implicava uma maior intervenção do Estado na economia. Foram criadas agencias governamentais para administrar inúmeras obras publicas destinas a erguer a economia. Para dar emprego a milhões de desempregados, o governo de Roosewelt mandou construir estradas, barragens, reflorestar florestas etc……. Com isso esses homens agora empregados, voltam a consumir. As indústrias, o comercio, os bancos retomaram lentamente as suas actividades. A agricultura foi beneficiada com muitos créditos e energia barata. Além disso, o governo implementou obras em áreas até então desaproveitadas. Com a ampliação do mercado consumidor nas cidades e com a reorganização dos transportes e da economia, os agricultores sentiram-se novamente estimulados a plantar. As cidades voltavam a ser abastecidas regularmente. A situação dos pobres melhorou. Estabeleceu-se o salário desemprego e um salário mínimo para os trabalhadores. Garantiu-se aos operários o direito de ter os seus sindicatos e de lutar por melhores salários. O resultado dessas medidas fora bastante satisfatórios. Tanto que, em 1936, os indicadores económicos mostravam que a recessão já tinha passado. A expansão dava-se lentamente. De qualquer forma, os tempos de crise profunda tinham ficado para traz.

É neste tipo de exemplos que a Europa e a UE se devia centrar, e não na politica dos cortes orçamentais como temos vindo a assistir e que nos abrange.

Há homens que morrem burros e há outros que se tornam sábios por terem conseguido aprender com os próprios erros.

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