sábado, 2 de julho de 2011

CRISE 1929

No início do século XX, os Estados Unidos viviam o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento, até que a partir de 1925, apesar de toda a euforia, a economia norte-americana começou a passa por sérias dificuldades. Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise: O aumento da produção não acompanhou o aumento dos salários. Além de a mecanização ter gerado muito desemprego. A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas económicas. Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise. A crise naturalmente chegou ao mercado de acções. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego. Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café disparou e houve uma superprodução, que gerou milhares de desempregados no Brasil. Para solucionar a crise, o eleito presidente Franklin Roosevelt, propôs mudar a política de intervenção americana. Se antes, o Estado não interferia na economia, deixando tudo agir conforme o mercado, a partir daí passaria a intervir fortemente. O resultado disso foi a criação de grandes obras de infra-estrutura, salário-desemprego e assistência aos trabalhadores, concessão de empréstimos, etc. Com isso, os Estados Unidos conseguiram retomar seu crescimento económico, de forma gradual. A crise 1929 foi grave tanto pela dimensão que assumiu, como pelos problemas sociais que criou. Em 1927 após um período de grandes investimentos no estrangeiro e com uma economia crescente, os financeiros norte americanos que operavam em Wall Street centravam-se mais no mercado interno. Quanto mais compravam maior era a subida dos preços, o que atraía mais investimentos. A 24 de Outubro de 1929 a “quarta-feira negra” , iniciou-se um forte movimento vendedor, que produziu o colapso das cotações da bolsa de Waall Street. Embora muitos analistas pensassem no princípio, que se tratava apenas de um ajuste passageiro de mercado, o “crak” de Wall Street marco o início da grande depressão assentando as bases para a criação do New Deal de Franklin D. Roosevelt, em 1933.

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