quinta-feira, 30 de junho de 2011

TERRORISMO VI

Nem sempre um acto de violência é terrorista mesmo quando a vitima ou as vitimas são personalidades políticas.

A tentativa de assassinato do presidente dos Estados Unidos, Ronal Regan, em 1981, é um exemplo de violência sem conotação política. Uma vez que o autor dos disparos John Hincklej Jr., agiu isoladamente e motivado por questões pessoais.

Ao passo que o assassinato de Yitzhak Rabin por um extremista judeu, em 1995, este sim, foi um acto terrorista.

O atentado contra Reagan não teve objectivo de fazer propaganda política ou ideológica, ao passo que a morte de Rabin fazia parte da estratégia política de uma organização radical. O objectivo principal era interromper o processo de paz no Médio Oriente. De qualquer modo, atentados contra chefes de Estado fazem parte de uma longa história de praticas terroristas pelo mundo fora.

A França conheceu o regime de terror implantado pelos jacobinos de Robespierre a partir de 1793, pouco depois da Revolução Francesa. Quase um século depois, em 1881, o czar Alexandre Segundo da Rússia foi assassinado pela organização terrorista “vontade do povo”. No início de século XX, o estopim que deflagrou a Primeira Guerra Mundial foi atentado contra o arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando em 1914.

Ele foi morto pelo estudante Gavrilo Prinzip do grupo terrorista sérvio “mão negra”. Até aos anos 20, o terrorismo era um fenómeno confinado num tempo e num espaço, de dimensões relativamente pequenas, transitórias e restritas.

Ele começara a ganhar maior abrangência e importância com o surgimento dos regimes totalitários de Josef Stalin e Adolf Hitler. Já no final dos anos 20, Stalin enviava aos campos de concentração centenas de milhares de opositores ao seu regime, sem contar os treze milhões de camponeses executados por resistirem à colectivização das suas terras, entre 1929 e 1932.

Na Alemanha dos anos 30, Hitler iniciou a perseguição aos comunistas, judeus, ciganos e outras minorias étnicas.

Até ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945 seriam assassinados mais de seis milhões de seres humanos pela máquina nazista. Os dois regimes de terror tinham algumas características muito semelhantes, o culto à personalidade do dirigente, no caso Stalin e Hitler e os poderes absolutos da polícia política, no caso a JGB e a Gestapo.

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