A existência de áreas de refugiados palestinos na capital de Beirute aumentava a tensão e o clima de guerra civil.
Na tentativa de capturar ou eliminar o líder Yasser Arafat e destruir bases militares palestinianas, forças israelitas invadiram o Líbano em Junho de 82. Durante vários dias, a capital Libanesa transformou-se num inferno. Milhares de civis foram mortos, embora não tivessem encontrado Arafat, expulsaram a OLP e deixaram o Líbano
Mais de 2500 civis palestinianos e libaneses desarmados foram mortos. O massacre chocou a opinião pública internacional.
Foi nesse clima extremamente tenso, que se multiplicaram os grupos terroristas no Líbano nos anos 80.A acção terrorista mais famosa dessa época acontecera em 83, quando dois atentados simultâneos mataram mais de 250 fuzileiros americanos e mais de 50 soldados franceses
Um pouco por toda a aparte, fanáticos religiosos passam dos limites tudo em nome do apocalipse. A conclusão a que podemos chegar, é que terror gera terror. Muitas vezes os governos gostam de taxar os terroristas esquecendo-se por vezes das suas próprias responsabilidades.
O terrorismo existe e cresce sempre quando o diálogo é impossível. E nunca o diálogo foi tão sufocado como no período da Guerra-Fria.
O que suscita o nosso verdadeiro espanto e constitui a dificuldade do conhecimento sócio-historico é a alteridade enorme e maciça que separa as representações, os afectos, as motivações, as intenções dos sujeitos de outra sociedade e os nossos.
O ser humano é sempre o mesmo, os valores são imutáveis, existe certamente progresso material, desenvolvimento tecnológico, mas entre o homem que há milhares de anos se desloca em cima de um camelo e aquele que hoje utiliza um avião a jacto não há diferenças de fundo, substanciais, de natureza.
O bem e o mal há muito que deixaram de constituir duvida e problema. Só espíritos fracos e inseguros poderão levantar questões sobre a tão meridiana dualidade da natureza dos valores. Por conseguinte, todos os agentes e factores que contribuíram no passado e que continuam a trabalhar no presente para a modernização e secularizações das sociedades, para o progresso civilizacional, são naturalmente considerados elementos demoníacos que importa combater e debelar.
E é aqui que se inscrevem as teses da negação, da separação entre a política e a religião e a crítica à democracia e à liberdade como “leis da hipocrisia”.
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