Assim, por um lapso de tempo, entre 1991 e 2001, os ponteiros do relógio do fim dos tempos afastaram-se da Meia-Noite atómica, deixando vislumbrar um mundo novo, uma nova ordem mundial, baseada na supremacia branca, anglo-saxã e capitalista expressa no unilateralismo de Bush e dos chamados neoconservadores. De qualquer forma, com o fim da Guerra-Fria terminava também o século XX, que fora breve e violento. O retorno da guerra: algo de errado na nova ordem mundial. Antes mesmo de raiar o novo século e o novo milénio, um novo conflito de proporções mundiais fez a sua aparição
A permanência essencial dos termos do mesmo conflito que atormentara o século XX: no alvorecer do século XXI, quando a principal potência naval, os Estados Unidos, avança sobre os espaços vazios da Europa Oriental e da Ásia Central, ocupando os espaços deixados vazios pelo recuo do Império Soviético, criavam-se as condições para um novo ciclo de enfrentando entre as potências que dominam as fímbrias – agora organizadas. Os novos poderes que. De qualquer forma, a esperança de que a nova ordem mundial oriunda do fim da Guerra Fria em 1991 poderia trazer uma gestão multilateral do mundo, com a pacificação dos conflitos e a gestão organizada dos grandes fluxos comerciais e financeiros, deixou de ser uma expectativa realista a partir, de um lado, da vitória dos neoconservadores de George Bush, e a assunção, por parte dos Estados Unidos, em 2001, do unilateralismo, como uma política de poder e, por outro lado, com os terríveis atentados de 11 de Setembro de 2001.
Sem comentários:
Enviar um comentário