O desenvolvimento da tecnologia nuclear, a partir do fim da Segunda Guerra, causou uma importante mudança na mentalidade das pessoas, do ponto de vista psicológico e cultural. A preservação da espécie humana, passou a depender da decisão das super potencias de iniciar ou não, um confronto nuclear fatal para o planeta. O mundo dos anos 50 não apresentava perspectivas muito animadoras. Na primeira metade do século, guerras, revoluções e conflitos localizados haviam consumido a vida de pelo menos 150 milhões de pessoas. Além disso, a tragédia atómica em Hiroshima e Nagasaki havia colocado o mundo sob a sombra permanente de um holocausto nuclear. No final dos anos 50, o êxito da revolução Cubana abriu novos horizontes para uma juventude desiludida.
A vitória de Fidel Castro, contra uma ditadura corrupta sustentada pelos Estados Unidos, representou para muitos jovens a vitória do idealismo. Militantes de todo o Mundo ganharam nova disposição de luta. Embora muitos jovens optaram pela vida clandestina, que oferece dois caminhos, a guerrilha e o terrorismo.
A guerrilha de um modo geral, realiza ataques contra objectivos militares e alvos estratégicos, tenta conquistar a simpatia da população para formar o seu próprio exercito e, eventualmente, tomar o poder. Os grupos terroristas utilizam o método inverso, intimidando pessoas inocentes para alcançar os seus objectivos. Nos anos
Inúmeras guerras tribais estimularam o tráfico de armas e a formação de grupos paramilitares.
Na Europa grupos separatistas como IRA e ETA, radicalizavam as formas de luta. E no Médio Oriente o fervor religioso estimulava o surgimento de grupos extremistas. Apesar da violência em comum, existem diferenças entre os grupos terroristas.
O fundamentalismo islâmico, por exemplo, não tinha carácter terrorista, na época em que surgiu.
A Irmandade Muçulmana apareceu em 1929 no Egipto, com preocupações sociais e propósitos religiosos. Mas a partir dos anos 30, fora perseguida pelo rei Fuad e pelo seu sucessor, o rei Faruk, favoráveis à dominação britânica.
A Irmandade partiu para a radicalização e o terrorismo no início dos anos 50 com a ascensão do líder nacionalista Gamal Abdel Nasser, acusado de defender interesses ocidentais.
Uma das acções mais violentas da Irmandade Muçulmana fora o assassinato do presidente egípcio Anuar Sadat, em 1981.Sadat foi considerado traidor, por parte da Irmandade Muçulmana, por ter assinado os acordos de Camp David em 1978, que reconheciam o direito de existência do Estado de Israel.
A crise no Médio Oriente também fez surgir em
Com o apoio político económico e militar, de soviéticos e americanos, Israel promoveu guerras com alguns vizinhos árabes para expandir o seu território.
Centenas de milhares de palestinianos foram expulsos das suas próprias terras.